A produção industrial cresceu em 24 dos 26 ramos pesquisados em abril em relação a abril do ano passado, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento disseminado, porém, foi alavancado por uma base de comparação fraca e pelo efeito calendário.

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O mês de abril de 2018 teve três dias úteis a mais do que abril de 2017. A produção industrial cresceu 8,9% em abril de 2018 ante abril de 2017, o avanço mais acentuado desde abril de 2013.

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“Essas duas variáveis nos ajudam a relativizar esse avanço”, ressaltou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

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O crescimento de 23,2% registrado na produção de bens de capital em abril foi o mais acentuado desde setembro de 2013, quando cresceu 24,1%. O avanço de bens de consumo duráveis alcançou 36,2%.

“Todas as categorias econômicas têm taxa positiva elevada (em abril ante abril de 2017), isso tem um impacto importante tanto do efeito calendário quanto da base de comparação. Com exceção de bens duráveis, todas as demais categorias tinham demonstrado queda em abril do ano passado (ante abril de 2016)”, ponderou Macedo.

O índice de difusão da indústria, que mede a proporção de produtos com aumento na produção, subiu de 47,3% e março para 67,3% em abril, o mais elevado da série histórica, iniciada em janeiro de 2013. O índice de difusão também foi recorde em três das quatro categorias de uso: bens de capital (67,8%), bens intermediários (68,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (63,6%).

O índice de difusão de bens duráveis foi o único que não superou recordes anteriores, embora tenha sido o mais elevado, alcançando 80,0% em abril.

Na avaliação de Macedo, há melhora na indústria desde 2017, mas o avanço já foi maior em meses anteriores. “O patamar de produção está melhor do que no passado recente, mas aquém de períodos anteriores”, disse.