Apesar do comportamento negativo da indústria no mês de junho, potencializado pelas paralisações provocadas pela Copa do Mundo, alguns setores conseguiram fugir à tendência e ampliar a produção no período, entre elas a indústria de petróleo e a de alimentos. A produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis avançou 6,6% em junho ante maio, enquanto a de produtos alimentícios aumentou 2,5%, impulsionada pela produção de açúcar, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 01. Enquanto isso, a produção em geral mostrou retração de 1,4%.

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“O comportamento (da indústria de coque e petróleo) ao longo de 2014 vai na contramão do restante da indústria. A exceção fica em dois momentos, em janeiro e maio, quando houve paralisações para manutenção ou interrupção de fornecimento de energia. Mas a indústria está com o Nuci lá em cima, trabalhando com vistas a diminuir seu volume de importações”, explicou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

No caso dos alimentos, o desempenho tem relação direta com o açúcar. “Em função do clima mais seco, houve antecipação da colheita de cana-de-açúcar, o que tem permitido maior processamento dessa safra”, disse Macedo.

No acumulado do ano, a produção de coque e petróleo e a de alimentos apresentam, ambas, expansão de 2,1%. Também se destaca o desempenho da indústria extrativa, com aumento de 4,1%, puxada por minérios de ferro. Todas elas fogem ao desempenho da produção em geral, que encolheu 2,6% nos seis primeiros meses de 2014.

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No caso da produção de bebidas, houve aumento de 3,2% no acumulado do ano. “Claramente o evento Copa do Mundo tem influência importante neste resultado”, observou Macedo. No mês de junho, esse setor registrou expansão de 2,5% em relação a maio.