Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cinco mostraram aceleração da alta de preços na passagem de abril para maio, segundo informações divulgadas hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o caso de Alimentação e Bebidas, Habitação, Artigos de Residência, Despesas Pessoais e Comunicação.
No grupo Habitação, que saiu de uma alta de 0,77% em abril para um avanço de 0,97% em maio, o destaque foi o aumento na taxa de água e esgoto (de 1,00% para 2,32%), em razão de reajustes nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Salvador e Goiânia. O aluguel residencial também ficou mais caro, passando de 0,76% para 0,95%. No grupo Despesas Pessoais, que saiu de 0,57% em abril para 0,72% em maio, a alta foi explicada por um aumento nos salários dos empregados domésticos (de 0,54% para 1,14%).
Já os grupos Transportes (de 1,57% para -0,24%), Vestuário (de 1,42% para 1,19%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,98% para 0,73%) e Educação (de 0,09% para 0,01%) mostraram desaceleração da alta de preços ou queda em maio. Com os resultados, o agrupamento dos itens não alimentícios desacelerou de 0,83% em abril para 0,42% em maio.
Regiões metropolitanas
A região metropolitana de Belo Horizonte registrou a maior variação na inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice subiu 0,70% em maio na região, após uma variação de 0,50% em abril. O avanço foi puxado pelos reajustes nas taxas de água e esgoto e nas tarifas da energia elétrica.
Houve aceleração também nas regiões metropolitanas do Recife (de 0,62% em abril para 0,65% em maio) e Belém (de 0,40% para 0,55%). A menor variação no IPCA foi registrada em Brasília: 0,02% em maio contra 0,49% em abril. Na capital federal, os combustíveis tiveram queda de 3,35% – recuo de 2,23% na gasolina e de 18,04% no etanol.
Os preços desaceleraram ainda no Rio de Janeiro (de 0,82% em abril para 0,60% em maio), Salvador (de 0,63% para 0,60%), Goiânia (de 0,90% para 0,56%), Curitiba (de 1,23% para 0,50%), Porto Alegre (de 1,04% para 0,50%), São Paulo (de 0,79% para 0,33%) e Fortaleza (de 0,64% para 0,29%). Na média nacional, o IPCA passou de 0,77% em abril para 0,47% em maio.