Embora a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) tenha sido divulgada incompleta nesta quinta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados de maio disponíveis sobre o mercado de trabalho em quatro das seis regiões metropolitanas mostram um cenário parecido com o verificado em meses anteriores. A desocupação recua, mas não há geração de novas vagas. A taxa de desemprego mantém-se reduzida porque parte da população está migrando para a inatividade.

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“Foi verificada estabilidade na taxa de desocupação em relação a abril. Na comparação entre maio e maio do ano passado teve redução na taxa em São Paulo e no Rio. É importante ressaltar que São Paulo e Rio apresentaram redução na desocupação, mas não foi verificado aumento significativo dos ocupados. Consequentemente, houve migração para a população não economicamente ativa”, resumiu Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

O IBGE não divulgou os dados de maio para duas regiões metropolitanas, Salvador e Porto Alegre, devido à greve de servidores no órgão. São Paulo, que tem o maior peso na pesquisa, registrou uma taxa de desocupação de 5,1% no mês, ante 5,2% em abril. Em maio do ano passado, a taxa de desemprego em São Paulo tinha ficado em 6,3%.

Apesar da melhora em relação a abril, São Paulo eliminou 54 mil postos de trabalho. Na comparação com maio de 2013, houve dispensa de 16 mil trabalhadores. Ao mesmo tempo, a fila de desempregados contou com 22 mil pessoas a menos na passagem de abril para maio. Em relação a maio de 2013, 141 mil pessoas deixaram de procurar emprego.

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O movimento é explicado pelo aumento no número de inativos. Na passagem de abril para maio, a população não economicamente ativa aumentou 1,1%, 80 mil indivíduos a mais. Em relação a maio do ano passado, 423 mil pessoas na região aderiram à inatividade. “São Paulo é uma região que tem efeito farol. O que acontece nela, acontece depois nas outras”, lembrou Azeredo.