A crise econômica provocou um enxugamento de vagas e desaceleração no mercado de trabalho metropolitano em 2009, mas não houve degradação na qualidade do emprego e, em dezembro, os indicadores já retornaram ao patamar de 2008, segundo o gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo.
Como exemplo da manutenção da qualidade no mercado de trabalho, ele destacou que, na média do ano passado, o rendimento médio real dos trabalhadores aumentou 3,2% ante o ano anterior, variação próxima à ocorrida em 2008 ante 2007, de 3,4%. “O rendimento não foi afetado pela crise”, disse ele. Na Região Metropolitana de São Paulo, que responde por cerca de 40% dos ocupados, o rendimento médio real, ante ano anterior, aumentou mais em 2009 (3,2%) do que havia subido em 2008 (2,4%).
Azeredo destacou também que houve continuidade no aumento da ocupação com carteira de trabalho assinada no ano passado. A população ocupada nas seis regiões registrou, em 2009, aumento de 0,8% ante o ano anterior.
Porém, o nível de ocupação (porcentual de ocupados no total da população em idade ativa) recuou de 2008 (52,5%) para 2009 (52,1%). “A queda no nível de ocupação é significativa e reflete a desaceleração que ocorreu no mercado de trabalho em 2009 por causa da crise”, disse, salientando porém que “não houve degradação do mercado de trabalho, em termos de qualidade, no ano passado”.