O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2010, que registrou inflação de 5,91%, foi o maior desde 2004, quando o indicador havia subido 7,6%. A informação foi divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, 40% do total do IPCA do ano passado surgiram da inflação dos alimentos, que apresentaram alta de preços de 10,39% em 2010, após avançarem 3,18% em 2009. Isso significou uma contribuição de 2,34 pontos porcentuais dos alimentos no IPCA de 2010.
Entre os destaques de elevação, o IBGE citou o comportamento de preços do feijão, que subiu 51,49% em 2010. No entanto, a maior contribuição individual no IPCA de 2010 partiu das carnes, que subiram 29,64% no ano passado e representaram 0,64 ponto porcentual do resultado total do indicador no período. Com os preços dos alimentos em alta, houve aumento de 10,62% nos preços de refeições fora de casa, que foram a segunda maior contribuição individual para o IPCA do ano passado (0,46 ponto porcentual).
Já os produtos não alimentícios subiram 4,61% em 2010, pouco abaixo da taxa de 4,65% de 2009. O item empregados domésticos mostrou alta de 11,82% em 2010, a principal contribuição entre os não alimentícios e a terceira contribuição individual no IPCA como um todo (0,40 ponto porcentual).