Embora a seca que aflige parte do País tenha sido determinante para o recuo de 4,1% na fabricação de produtos alimentícios na passagem de agosto para setembro, o setor também pode ser impactado pela inflação de alimentos, confirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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“É claro que essas variáveis são importantes. Você não pode pensar no encarecimento do produto sem levar a uma associação de alguma diminuição da produção. Por exemplo, o aumento no preço das carnes, de alguma forma vai ver uma redução ali no abate, porque pode ter uma substituição do consumo de carne bovina pela carne de aves”, exemplificou Macedo.

Em setembro, o maior impacto sobre o setor de alimentos foi do açúcar. A estiagem prejudicou a lavoura de cana. “Quando você visualiza principalmente o que explica de uma forma notória a queda no setor de produtos de alimentos, que vai direto lá no açúcar, é obvio que essa questão da seca afetando especialmente a produção no Centro-Sul tem aspecto determinante”, apontou o pesquisador.

Os alimentos vinham com comportamento positivo no acumulado do ano. O crescimento acumulado de janeiro a agosto era de 0,8%. Após a perda de setembro, a taxa acumulada no ano passou a registrar queda de 0,2%.

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