O Índice de Preços ao Produtor (IPP) de janeiro a maio subiu 0,27% e se trata da menor taxa para o período desde o início da série histórica, lançada em janeiro de 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

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O IBGE divulgou mais cedo nesta quinta-feira, 27, que o IPP teve alta de 0,28% em maio, com o índice revisado de abril em 0,40%. No acumulado de 12 meses, o IPP avançou 4,07%.

O responsável pela pesquisa, o técnico do IBGE Manuel Campos Souza Neto, explica que o resultado acumulado nos primeiros cinco meses do ano reflete o comportamento da indústria de alimentos. “Esse segmento segurou o IPP no acumulado até maio”, afirmou. O estudo aponta uma queda de 3,72% no acumulado do setor de alimentos, segmento que responde por 19% do IPP.

Segundo Neto, a safra recorde deste ano tem contribuído para o movimento. Na direção oposta, o preço do refino de petróleo e da metalurgia é que tem pressionado o índice para cima no período.

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Quando se analisa o comportamento do indicador somente em maio, observa o técnico, as variações se invertem. Os alimentos apontam um repique, subindo 1,42%, influenciados por problemas na safra dos Estados Unidos. Já o refino de petróleo recuou 1,02% em maio ante a abril.

Para o pesquisadora, a desoneração pelo governo do setor químico e de etanol contribuíram para a desaceleração do IPP em maio. “O governo lançou medidas de redução de impostos para materiais básicos da área química. Isso já começou a refletir em maio, fazendo os preços do setor recuarem. Soma-se a isso a concorrência com o mercado externo. As importações ajudam a aumentar a oferta desses produtos”, disse.

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No fim de abril, o governo baixou a alíquota de PIS/Cofins incidente sobre as matérias-primas da indústria química, como nafta e propano, de 5,6% para 1%. A medida vale até o fim de 2015.