O comportamento da indústria paulista segue ainda mais errático do que a média da produção industrial nacional, enquanto a indústria da Bahia emplacou a quinta alta mensal seguida, atingindo seu nível histórico de produção, mostram os dados da Pesquisa Mensal de Produção Física – Regional, divulgados nesta sexta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção industrial caiu 4,1% em São Paulo em julho ante junho, contra a queda de 2,0% no País como um todo. “Neste início de ano, a indústria está oscilando entre fortes quedas e altas. E São Paulo é o carro-chefe, tanto no crescimento quanto no recuo”, diz Rodrigo Lobo, economista da Coordenação de Indústria do IBGE.
Segundo o pesquisador, a indústria paulista tem peso de cerca de 36% na produção industrial nacional e a queda na produção no Estado em julho foi a maior desde setembro de 2011 (recuo de 5,4%). Assim como na indústria nacional como um todo, a fabricação de fármacos e a de veículos automotores puxaram a indústria de São Paulo para baixo.
Com comportamento distinto, a indústria da Bahia, puxada pelas atividades refino de petróleo, fabricação de produtos químicos e metalurgia (cobre), cresceu 0,5% em julho ante junho, acumulando avanço de 7,0% no ano e em 12 meses, o maior entre as 14 regiões.
Segundo Lobo, a produção industrial da Bahia está em nível recorde. Já a produção da indústria paulista atingiu seu ápice em março de 2011 – hoje, está 9,4% abaixo desse patamar. A produção nacional atingiu o ápice em maio de 2011 e está 3,6% abaixo dele.
Na ponta oposta, Pará e Espírito Santo seguem com as maiores quedas no acumulado de 2013 até julho, com -8,6% e -8,7%, respectivamente. Apesar disso, a indústria paraense, que vinha sendo fortemente afetada pela produção de minério de ferro e alumínio, apresentou recuperação em julho, com alta de 3,0% ante junho.