A queda de 5,6% no emprego industrial em abril deste ano ante abril do ano passado refletiu recuos nas 14 regiões pesquisadas pelo IBGE. Nessa base de comparação, São Paulo registrou queda de 4,2% na ocupação, exercendo o principal impacto na formação da média global, seguido por Minas Gerais (-7,2%) e Região Norte e Centro-Oeste (-8,8%).
Ainda no emprego, no total do País, 16 dos 18 segmentos pesquisados reduziram o pessoal ocupado em abril de 2009 ante igual mês de 2008. As principais influências negativas vieram de vestuário (-9,7%), meios de transporte (-9,4%), produtos de metal (-10,2%) e máquinas e equipamentos (-8,5%), enquanto, em sentido contrário, os impactos positivos foram os de papel e gráfica (12%) e minerais não metálicos (0,8%).
Folha de pagamento
A folha de pagamento real (descontada a inflação) da indústria registrou queda de 0,2% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, informou o IBGE. Na comparação com abril do ano passado, a folha registrou queda de 1,8%.
O índice de média móvel trimestral da folha de pagamento, que sinaliza tendência, recuou 0,3% no trimestre encerrado em abril ante o terminado em março. Até abril, a folha acumula queda de 0,5% em 2009, mas ainda mantém a trajetória positiva nos últimos 12 meses, de alta de 3,7%.
Já o número de horas pagas na indústria caiu 0,4% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, segundo o IBGE. Ante abril do ano passado, as horas pagas registraram queda de 6,2%, o maior recuo já apurado, nessa base de comparação, na série histórica da pesquisa iniciada em 2001. Até abril, as horas pagas acumulam queda de 5,3% no ano e recuo de 0,8% nos últimos 12 meses.