Das 738 mil empresas criadas no Brasil em 1997, apenas pouco mais da metade, ou 51,6%, permaneciam em atividade oito anos depois, em 2005, segundo mostra a pesquisa Demografia das Empresas, divulgada hoje pelo IBGE. O levantamento mostra que um ano após o nascimento, em 1998, 81% das empresas criadas em 1997 sobreviviam. Esse porcentual caiu para 72,8% após dois anos de vida (1999) e para 61,8% após cinco anos de vida (2002).
O analista da pesquisa, Roberto Sant’Anna, observou que as menores taxas de sobrevivência são observadas nas empresas com até quatro pessoas ocupadas. Nessa faixa de ocupação, apenas 50 4% das empresas criadas em 1997 tinham sobrevivido até 2005. Na faixa de 5 a 99 pessoas ocupadas o porcentual de empresas sobreviventes no período foi maior (63,7%) e, para 100 pessoas ocupadas ou mais, chegou a 66,5%.
Desde 2000, o IBGE analisa a demografia das empresas, dentro das estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre). O universo do Cempre de 2005 é de 5,7 milhões de empresas. Desse total, foram excluídas as empresas públicas e organizações sindicais e abordadas, restando, na pesquisa do IBGE, 5,094 milhões de empresas. Desse universo, apenas 2,9% das empresas brasileiras investigadas na pesquisa Demografia das Empresas em 2005 tinham mais de 30 anos de idade. A maior parte (62,5%) estava no mercado há menos de 10 anos e 42,1% das empresas tinham sido criadas há menos de 5 anos.