A Copa do Mundo prejudicou o desempenho do varejo na passagem de maio para junho, segundo Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Na Copa do Mundo, a gente teve uma redução de número de dias úteis, e isso impactou nas vendas do comércio, principalmente nas atividades de móveis e eletrodomésticos, combustíveis, tecidos, veículos”, enumerou Juliana. “O impacto foi menor nos supermercados”, acrescentou.

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As vendas do comércio varejista caíram 0,7% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. Na comparação com junho do ano passado, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 0,8% em junho deste ano. Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 3,6% em junho ante maio, e 6,1% ante junho de 2013.

Em junho ante maio, a atividade de supermercados foi a única a escapar da queda no volume de vendas. O volume vendido cresceu 0,6%. “Supermercados vendem produtos essenciais, então mesmo com a redução de dias úteis, as famílias continuam com o consumo diário ou mensal de bens de supermercados”, apontou Juliana.

A perda de fôlego da inflação da alimentação no domicílio também contribuiu para que o segmento ficasse no terreno positivo em junho. A gerente do IBGE lembra que a taxa acumulada em 12 meses da alimentação no domicílio ficou em 6,17% em junho, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “A inflação de alimentos no domicílio já esteve em dois dígitos no ano passado”, contou.

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Em junho, houve queda no volume de vendas de nove das dez atividades que integram a Pesquisa Mensal de Comércio: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,9%); tecidos, vestuário e calçados (-1,0%); móveis e eletrodomésticos (-2,0%); combustíveis e lubrificantes (-2,3%); material de construção (-3,9%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,2%); livros, jornais, revistas e papelaria (-5,3%); e veículos e motos, partes e peças (-12,9%).

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