IBGE: crédito caro freou vendas de veículos em janeiro

O crédito mais caro e restritivo, além do aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, prejudicou a atividade de veículos e motos, partes e peças em janeiro. O volume vendido caiu 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“As condições de crédito para veículos não são mais tão favoráveis. As linhas de crédito continuam existindo, mas não com tanta atratividade como a gente conseguia perceber em 2012 e início de 2013”, lembrou Aleciana Gusmão, técnica da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. “Só que nessa queda de 1,8% vale lembrar que teve reajuste de IPI em janeiro”, acrescentou.

Em relação a dezembro, o segmento ainda apresentou expansão de 1,9%, graças a estoques nas montadoras e concessionárias de automóveis com IPI ainda reduzido, explicou a pesquisadora.

A redução nas vendas de veículos em janeiro ante o mesmo mês do ano passado freou o crescimento do varejo ampliado no período. O aumento foi de apenas 3,5%, contra uma alta de 6,2% registrada pelo varejo restrito.

Ainda no conceito ampliado, a atividade de material de construção registrou alta em janeiro, de 3,9% em relação a janeiro de 2013. Os produtos beneficiados pelo governo com redução de IPI mantiveram o benefício inalterado no mês, mas a atividade também foi estimulada pelo crédito.

“As linhas de crédito para financiamento imobiliário ainda existem, e, diferentemente do que ocorre para financiamento de veículos, o crédito imobiliário continua com certa atratividade, porque o governo permite um limite maior do uso do FGTS para a compra do imóvel. Então essa parte de construção civil ainda acaba tendo esse impacto dessa medida”, justificou Aleciana.

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