O câmbio valorizado incentivou a recuperação das importações, que crescem em ritmo mais acelerado que o das exportações no País, segundo os resultados das Contas Nacionais Trimestrais, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Tanto as exportações quanto as importações de bens e serviços apresentaram expansão no segundo trimestre ante o primeiro trimestre do ano, de 2,3% e 6,1%, respectivamente, após registrarem queda no trimestre anterior (-3,1% e -1,4%). Na comparação com o mesmo trimestre de 2010, as exportações aumentaram 6,0% no segundo trimestre, enquanto as importações de bens e serviços subiram 14,6%.
“A gente está com um volume de importados crescendo mais que o volume das exportações. Em parte tem a ver com câmbio”, disse Rebeca de La Rocque Palis, gerente na Coordenação de Contas Nacionais do IBGE.
Segundo o instituto, a taxa de câmbio média no segundo trimestre de 2011 foi de R$ 1,60, enquanto a taxa no segundo trimestre do ano anterior foi de R$ 1,79. Os produtos da pauta de importação que mais contribuíram para o aumento das importações foram máquinas e equipamentos, que inclusive impulsionaram o resultado da Formação Bruta de Capital Fixo; indústria automotiva; minerais não metálicos; produtos químicos; e têxteis e vestuário.