O avanço de 3,0% nas vendas do comércio varejista em junho, ante o mesmo mês do ano anterior, teve perfil disseminado de taxas positivas entre as atividades investigadas, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As principais contribuições para o crescimento do varejo foram de Móveis e eletrodomésticos (12,7%); Tecidos, vestuário e calçados (4,6%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,3%). Os demais crescimentos foram em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,0%); Combustíveis e lubrificantes (0,5%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (5,1%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (1,2%). O IBGE ressaltou ainda que o mês de junho de 2017 (21 dias) teve um dia útil a menos do que junho de 2016 (22 dias).
No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o avanço foi de 4,4% em junho ante junho do ano passado. As vendas de veículos cresceram 3,5%, enquanto material de construção teve expansão de 7,0%.
Bens duráveis
O setor de Móveis e eletrodomésticos registrou expansão de 2,2% nas vendas em junho ante maio, principal impacto positivo sobre o desempenho do varejo no mês, segundo o IBGE. A redução na taxa de juros beneficiou a venda de bens de consumo duráveis, afirmou Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. “É um setor que tem uma dinâmica de vendas muito associada às compras financiadas. O movimento de redução do custo do crédito sempre tem um impacto”, avaliou Isabella.
Na passagem de maio para junho, o comércio varejista teve expansão de 1,2%, com taxas positivas em seis das oito atividades pesquisadas. Os demais avanços foram assinalados por Tecidos, vestuário e calçados (5,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,7%); Combustíveis e lubrificantes (1,2%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,5%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (4,5%).
Na direção oposta, o setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo pressionou negativamente a taxa, com um recuo de 0,4%. Também houve redução em Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,6%).
“Supermercados estão mais próximos de uma estabilidade do que de uma queda. Esses recuos têm que ser relativizados, porque os dois setores vinham de crescimentos significativos em meses passados”, lembrou Isabella.
No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o avanço de 2,5% no volume vendido teve contribuição ainda de Veículos e motos, partes e peças (3,8%) e Material de construção (1,0%).