A espanhola Iberdrola foi a maior vendedora do leilão de fontes alternativas, concluído nesta tarde. A companhia, que no Brasil controla a Neoenergia, negociou 109,5 megawatts (MW) médios de nove usinas eólicas, todas localizadas no Nordeste. O preço de venda variou entre R$ 132,80 por MWh e R$ 137,99 por MWh. A empresa foi seguida de perto pela companhia Asa Branca, que vendeu 108,3 MW médios de oito usinas do parque eólico Asa Branca.
De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a Chesf, do grupo Eletrobras, foi a maior vendedora individual, negociando 61,4 MW médios da usina eólica Casa Nova, localizada no Nordeste. Outras empresas com participação relevante foram a Galvão Engenharia, que negociou 43,7 MW médios de quatro projetos eólicos, a CPE, que vendeu 52,7 MW médios de quatro empreendimentos eólicos, e a REN, que comercializou 48,8 MW médios de quatro usinas eólicas.
A Copel vendeu 7,6 MW médios da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Cavernoso II, ao preço de R$ 146,99 por MWh. A única usina de biomassa que negociou a sua oferta no leilão foi a térmica Mandu, movida a bagaço da cana-de-açúcar e pertencente à Açúcar Guarani. A usina comercializou 22,3 MW médios ao preço de R$ 137,92 por MWh.
O leilão de fontes alternativas realizado hoje contratou a oferta de 56 usinas, sendo 5 PCH, 50 eólicas e uma térmica a biomassa, totalizando 714,3 MW médios. A licitação tem como objetivo o atendimento da demanda complementar das distribuidoras em 2013. Os contratos das PCH têm duração de 30 anos, enquanto os das térmicas a biomassa e das usinas eólicas têm duração de 20 anos.
No lado da demanda, o grupo Eletrobras foi o maior comprador da licitação, adquirindo 53,86 milhões de MWh, por meio das distribuidoras Amazonas Energia (36,2 milhões de MWh) e Ceal (17,6 milhões de MWh). A CEA (Amapá), com 34,002 milhões de MWh, e a AES Eletropaulo (SP), com 20,9 milhões de MWh, foram os outros principais compradores do leilão. No total, as concessionárias adquiriram 129,4 milhões de MWh.
