O Ibama expediu nesta quarta-feira (26) uma licença de instalação para que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) realize a dragagem de manutenção dos pontos críticos do Canal da Galheta. Com isso, a Appa lançará, nos próximos 15 dias, o edital de licitação para a contratação da draga que irá realizar o serviço.

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A dragagem deverá custar em torno de R$ 25 milhões e será paga com recursos próprios da Appa. Ao todo, devem ser retirados das áreas críticas ao longo do Canal cerca de 2,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos. A área de despejo ficará 22 quilômetros distante do local dragado. Com a dragagem, será restabelecida a profundidade original do Canal da Galheta que é de até 15 metros.

Desde 2009 não é realizada uma dragagem de manutenção do Canal da Galheta. No início deste ano, por determinação do governador Beto Richa, foi realizada a dragagem emergencial nos berços de atracação, trabalho que não vinha sendo feito há seis anos.
Hoje, a Capitania dos Portos autoriza que navios com calado de até 11 metros naveguem pelo Canal da Galheta durante o dia e, durante a noite, 10,8 metros. Com a finalização dos trabalhos, navios com calado de até 12,5 metros poderão voltar a navegar pelo Canal da Galheta.

Para realizar o serviço, será contratada uma draga auto-transportadora do tipo Hoper. O trabalho levará cerca de oito meses para ser concluído e durante este tempo não haverá restrições de navegação no Canal, fazendo com que os procedimentos de entrada e saída de navios permaneçam inalterados, apenas obedecendo alguns cuidados adicionais de segurança.

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Operação – Paralelamente à expedição da licença de dragagem dos pontos críticos, o Ibama continua analisando a documentação enviada pela Appa para conceder a Licença de Operação dos portos de Paranaguá e Antonina. Para o superintendente da Appa, Airton Vidal Maron, a liberação da dragagem dos pontos críticos já demonstra uma boa vontade do Ibama em tratar os assuntos relativos à Paranaguá. “O Ibama tem nos apoiado e sabe das nossas necessidades de realização das dragagens e obras de um modo geral nos portos. Eles estão analisando a documentação, nós estamos fazendo as adequações que eles nos solicitaram e acreditamos que conseguiremos a licença de operação dos portos”, disse.

A dragagem que será realizada agora não dispensa as demais dragagens de manutenção e aprofundamento dos portos, que só poderão ser realizadas depois da emissão da licença de operação.

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