A perspectiva para a indústria aérea global está melhorando, à medida que o aumento do volume de tráfego aéreo impulsionou a receita e o lucro das companhias, mas a turbulência atual na zona do euro continua a ser um risco para o setor, afirmou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). A associação elevou sua projeção de lucro líquido da indústria para este ano para US$ 10,6 bilhões, do lucro de US$ 8,4 bilhões previsto em dezembro do ano passado.
Segundo a associação, a América Latina é a única região para a qual a previsão foi reduzida. A IATA disse que prevê agora que o lucro das empresas latino-americanas será de US$ 600 milhões, ante projeção anterior de US$ 700 milhões, justificando que o crescimento da região desacelerou devido aos prejuízos anteriores nos voláteis mercados domésticos. No entanto, o valor ainda representa o dobro do registrado no ano passado. A IATA afirmou também que a região terá o segundo maior crescimento da demanda, de 8,1%.
Todas as outras regiões deverão registrar uma alta do lucro líquido do setor aéreo no atual ano fiscal em relação a 2012. A associação prevê que o lucro da indústria na América do Norte subirá para US$ 3,6 bilhões, de US$ 2,3 bilhões. O lucro da região da Ásia e do Pacífico avançará para US$ 4,2 bilhões, de US$ 3,9 bilhões. Na Europa, o setor deverá registrar aumento do lucro para US$ 800 milhões, de US$ 300 milhões.
A indústria também deverá gerar uma receita de US$ 671 bilhões, com uma a margem de lucro operacional de 3,3%, afirmou a IATA. O negócio de transporte de passageiros vai ser responsável pela maior parte do aumento da receita em relação ao ano passado, mas o transporte de cargas deverá subir também, disse a associação, acrescentando que os mercados emergentes, em particular, impulsionarão a demanda de viagens neste ano.
A associação afirmou ainda estimar que os preços do combustível de aviação ficarão em US$ 130 o barril neste ano, ante previsão anterior de US$ 124 o barril. A conta total da indústria com combustível será de US$ 216 bilhões, ou um terço dos custos operacionais.
Segundo a IATA, a melhora da perspectiva depende da zona do euro continuar estável. Mas a crise em curso no Chipre, em meio ao processo de resgate, indica que a crise europeia está longe de ser resolvida, ressaltou o presidente-executivo da IATA, Tony Tyler. Segundo ele, isso continuará a prejudicar a confiança. As informações são da Dow Jones.