As companhias aéreas da América Latina devem entregar lucro líquido de US$ 200 milhões em 2019, de acordo com estimativas divulgadas hoje pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). O resultado representa uma modesta melhora em relação ao prejuízo de U$ 500 milhões reportado em 2018, com os preços mais altos do petróleo sendo compensados pela recuperação da economia brasileira.
De acordo com as estimativas da Iata, a demanda na região deve crescer 6,2% em 2019, enquanto a capacidade deve aumentar 5,1%, com a taxa de ocupação passando de 81,6% para 82,5%. Em 2018, a demanda na região cresceu 7% enquanto a capacidade aumentou 7,3%.
Com exceção da América Latina e América do Norte, todas as regiões devem apresentar uma redução na lucratividade em 2019, de acordo com as estimativas da Iata.
As aéreas da América do Norte devem entregar a performance financeira mais forte entre todas as regiões, com um lucro (após impostos) de US$ 15 bilhões, acima do lucro de US$ 14,5 bilhões informado no ano passado. O desempenho equivale ao lucro líquido de US$ 14,77 por passageiro e representa uma evolução significativa em relação ao registrado em 2012 (US$ 2,3 por passageiro), observa a Iata.
As margens líquidas da América do Norte devem ficar em 5,5%, abaixo dos níveis de 2018 em razão da alta acima do esperado nos custos do combustível e da desaceleração do crescimento da economia global.
A demanda na América do Norte deve crescer 4,3% em 2019, desacelerando ante o aumento de 5,3% informado um ano antes, aponta a Iata.
A capacidade também deve crescer menos, passando de 4,9% para 4,1% este ano. Com isso, a taxa de ocupação deve registrar um discreto avanço, de 83,9% para 84,0%, prevê a associação que realiza encontro anual neste final de semana em Seul, na Coreia do Sul.
Para a demanda global por transporte aéreo a associação estima crescimento de 5% neste ano, após avanço de 7,4% no ano passado. A capacidade, por sua vez, deve crescer 4,7% neste ano, abaixo da expansão de 6,9% de 2018, com a taxa de ocupação passando de 81,9% para 82,1%.
*A jornalista viaja a convite da Associação Internacional de Transporte Aéreo