O HSBC apontou três de suas maiores operações, o Brasil, o México e os Estados Unidos, como “áreas problema” em que os negócios precisam passar por algum tipo de ajuste ou reestruturação, o que pode incluir a venda de ativos.

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De acordo com o executivo-chefe do banco, Stuart Gulliver, o grupo quer simplificar sua estrutura para “para deixá-la mais fácil de ser gerenciada e controlada”. O HSBC opera em 73 países e está sob pressão para enxugar suas operações em meio a uma alta nos custos regulatórios e aumento das necessidades de capital. O grupo se desfez de 77 negócios nos últimos quatro anos.

Juntas, as operações no Brasil, México e Estados Unidos respondem por cerca de 20% da mão de obra do HSBC, que emprega 266 mil funcionários em todo o mundo. No entanto, em termos de contribuição aos lucros, os três países ficam muito atrás das operações asiáticas, que respondem por cerca de 78,3% dos US$ 18,7 bilhões em lucros antes de impostos obtidos do ano passado. A América do Norte responde por 7,6% dos lucros, e a América Latina, 1,1%.

Em uma conferência a investidores, Gulliver afirmou que não existem “vacas sagradas” na reavaliação dos negócios do grupo. Quando perguntado mais especificamente se o banco está mais aberto a vender partes significativas de seus negócios no Brasil e no México, ele admitiu que “existem negócios do grupo que não estão oferecendo um retorno compatível com seu tamanho, e estamos trabalhando na reestruturação deles”. Ele ainda acrescentou nenhuma opção está fora do baralho durante essa reavaliação.

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De acordo com Gulliver, os executivos do banco estão conversando duas vezes por semana sobre as operações nos três países e também na Turquia, onde a franquia tem performance abaixo do desejável.

“Precisamos melhorar a situação dessas operações, ou então deveremos pensar em soluções mais extremas para o problema”, disse.

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Perguntado sobre quanto tempo esses países terão para “provar seu valor”, o executivo-chefe disse esperar algum retorno “entre 12 e 24 meses”.

No Brasil, a maior operação do HSBC na América Latina, com 21 mil funcionários, o banco teve um prejuízo antes de impostos de US$ 247 milhões no ano passado. O grupo decidiu focar em conglomerados urbanos com renda crescente, e fechou 21 agências em território brasileiro. Fonte: Dow Jones Newswires.