Apesar do alarde em torno de economia de energia, na prática o consumidor pouco sente de diferença na conta de luz ao longo de 125 dias de vigência do horário de verão. No Paraná, segundo dados da Companhia Paranaense de Energia (Copel), a economia gira em torno de 0,5 %, o que é uma conseqüência do horário em que as lâmpadas das residências são ligadas. Como a rotina das pessoas é mantida – como utilização de computadores ou geladeira, por exemplo – a economia real não é tão significativa.
Na realidade, a importância do horário de verão está na redução significativa da demanda energética entre 19h e 21h, quando a quantidade de megawatts consumidos chega perto do limite de 3.600. Durante o horário de verão, a quantidade de megawatts consumidos cai de 3.400 para 3.200, promovendo uma redução de 4,6% sobre a demanda.
?A adoção do horário de verão permite que instalações importantes do setor elétrico como usinas, linhas de transmissão e subestações trabalhem com folga, elevando os níveis de confiabilidade do sistema?, explica Ana Rita Xavier Mussi, gerente do Centro de Operação do Sistema Elétrico da Copel. ?O alívio nas condições de funcionamento também permite realizar paradas para manutenção preventiva sem riscos ao atendimento do mercado, o que é um benefício enorme?, complementa. Com o sistema menos sobrecarregado nos horários de pico, há a possibilidade de melhor manutenção do sistema, otimizando os serviços prestados pelas companhias que fornecem energia elétrica.
O horário de verão foi implementado pela primeira vez no Brasil em 1932 e tornou-se contínuo a partir de 1985. No ano passado, houve um retardamento no início do horário de verão para 2 de novembro, em função das eleições para prefeitos e vereadores.