Horário de verão derruba demanda de energia em 5,5%

O horário de verão terminou à zero hora de hoje, resultando em uma redução de 5,5% da demanda de energia no horário de maior consumo nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A estimativa é do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O horário de maior demanda, também chamado de horário de ponta, ou de pico, vai de 19 às 22 horas, variando de região para região.

Os dados preliminares do ONS indicam que a redução da demanda no horário de ponta nas três regiões abrangidas pelo horário de verão foi de 2.412 MW, suficiente para atender à carga, nesse período, da região metropolitana de Belo Horizonte (cerca de 1.600 MW) e das cidades de Florianópolis (cerca de 200 MW) e de Porto Alegre (cerca de 600 MW). Na região Sul, a queda da demanda de energia no horário de pico foi de 6,4% (603 MW) e no Sudeste e no Centro-Oeste, de 5,3% (1.809 MW).

Sem o horário de verão, seria necessário complementar o abastecimento de energia com usinas térmicas, de custo mais elevado em relação às hidrelétricas, o que resultaria em tarifas mais caras para o consumidor.

Com o fim do horário de verão, os relógios devem ser atrasados uma hora no Distrito Federal e nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, de Minas Gerais, de Goiás, de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso.

Paraná

No Paraná, a redução da demanda de energia elétrica no horário de maior consumo foi de 6%. ?No caso da Copel, o pico de demanda fica 6% menor em conseqüência do horário de verão, ou o equivalente à carga máxima de Londrina, que beira os 200 megawatts?, observa a engenheira Christina Courtouke, da coordenação do Centro de Operação do Sistema Elétrico da Copel. ?É um alívio importante que reduz o grau de risco na operação do sistema por sobrecargas nas instalações.?

O horário de verão evita a concentração e sobreposição da demanda máxima das diferentes categorias de usuários. Como resultado, a ponta do sistema, que é o momento no qual se dá a máxima solicitação de instalações, como usinas geradoras, linhas e subestações, é reduzida, melhorando a segurança operacional no período crítico do dia.

A energia que deixa de ser consumida por causa do horário de verão equivale a 0,5% dos gastos habituais, segundo a engenheira da Copel. ?Embora essa redução seja pequena, o horário de verão tem um importante significado por despertar nas pessoas a atenção para o combate ao desperdício de eletricidade e para a necessidade de usá-la racionalmente?, justifica Christina Courtouke.

A medida, instituída pela primeira vez em 1931, é adotada de forma ininterrupta desta 1985, sendo esta a 31.ª vez que vigorou. O horário de verão teve início em 2 de novembro de 2004 e duração de 110 dias.

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