O horário de verão começa a zero hora deste domingo (16). Com isso, a meia-noite de hoje (15), milhões de brasileiros que vivem em dez estados das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, além da Bahia e do Distrito Federal terão que adiantar em uma hora os seus relógios.
Aplicada pela 41ª vez desde sua criação, em 1931, a iniciativa tem o objetivo de proporcionar o melhor aproveitamento da luz natural, reduzindo o consumo de enrgia entre as 18h e as 20h. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a desconcentração da demanda reduz o risco de problemas nas linhas de transmissão, nas subestações e no sistema de distribuição que poderiam afetar o fornecimento de energia elétrica.
Este ano, devido ao Carnaval de 2012, o horário de verão vai se estender até 26 de fevereiro de 2012, totalizando uma semana a mais que nos últimos anos. O motivo é que o terceiro domingo de fevereiro do ano que vem, quando os relógios deveriam ser atrasados em uma hora, será feriado de carnaval. Pelo Decreto nº 6.558, que regulamenta a medida, quando a data coincide com o feriado do carnaval, o encerramento é adiado para o domingo seguinte.
Após oito anos, a Bahia voltará a aderir à iniciativa, a pedido do governador Jaques Wagner. Ao anunciar a adesão estadual à iniciativa, Wagner disse que a decisão serve para evitar os transtornos causados a Bahia pela diferença de horários com o Sul, Sudeste e Centro-Oeste. “A decisão é muito mais para ficarmos alinhados ao horário de Brasília do que de economia de energia”, disse o governador, uma vez que, segundo ele próprio, a economia resultante do adiantamento da hora é pequena.
Segundo o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, a expectativa do governo federal é que haja uma redução entre 4,5% e 5% da demanda de energia no horário de pico, entre o fim da tarde e o início da noite. Em 2010, a economia foi de 4,4%.
Nos últimos dez anos, a medida possibilitou uma redução média de 4,6% na demanda por energia no horário de maior consumo. Isso significa que, no horário de maior pico, deixaram de ser consumidos cerca de 2 mil megawatts anuais, ou duas vezes a carga no horário de ponta da cidade de Belo Horizonte ou 75% da demanda da cidade de Curitiba.