O presidente da França, François Hollande, anunciou nesta quarta-feira uma nova iniciativa de combate a paraísos fiscais, um semana depois de o governo ser abalado pela confissão do ex-ministro do Orçamento Jérôme Cahuzac de que possui uma conta bancária não declarada no exterior.

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As medidas de Hollande para “erradicar” paraísos fiscais vêm um dia depois de o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault determinar que todos os membros do gabinete tornem públicos detalhes de seus bens até 15 de abril, como parte de uma estratégia para estabelecer normas mais rígidas de ética no setor público.

A França quer aumentar a transparência e a prestação de contas, além de adotar penas mais duras para autoridades que desrespeitam leis de regulação financeira, numa tentativa de conter o impacto da confissão de Cahuzac.

Detalhando uma série de medidas que o governo vai propor para combater a corrupção e a evasão fiscal, Hollande disse que os bancos franceses terão de publicar uma lista anual das subsidiárias que controlam no exterior. No longo prazo, a medida será estendida para grandes empresas, acrescentou o presidente.

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“Devemos nos mobilizar contra paraísos fiscais”, disse Hollande a jornalistas, após sua reunião semanal com o gabinete.

O governo também discute a criação de um órgão para fiscalizar os bens de ministros do governo, altos funcionários e parlamentares e pretende nomear um procurador público para cuidar de casos de corrupção e fraude fiscal. As informações são da Dow Jones.

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