O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, afirmou nesta segunda-feira, 19, que a projeção de investimentos dentro do plano de concessões do governo Dilma é chegar ao final do ano com R$ 265 bilhões. Segundo ele, o dado mais recente, de meados de abril, dá conta de que as concessões, desde o início do plano, já somaram R$ 153 bilhões. “É um resultado muito interessante”, afirmou ele, referindo-se a aeroportos, portos e outras concessões realizadas. Ele participa de audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado para discutir as políticas fiscal, monetária, tributária e suas consequências para o desenvolvimento da infraestrutura.

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Holland afirmou que o País tem uma classe média que representa 60% da população brasileira e que, em 2003, era de apenas 37%. Ele destacou que essa classe média está demandando cada vez mais serviços de infraestrutura.

Ele comparou os investimentos em infraestrutura no Brasil a abrir um boteco com uma fila de pessoas esperando pelo novo estabelecimento. Segundo ele, comparando com a demanda com obras de infraestrutura no País, “há pessoas que esperam para tomar cerveja e comer coxinha”.

Para Holland, tal investimento tem um “efeito multiplicador” maior do que outros investimentos.

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“Em geral, eles são muito atrativos, porque estamos falando de investimentos que envolvem 20, 30 e 40 anos”, afirmou, ao citar que tal medida gera aumento de crédito e estimula a poupança privada interna de longo prazo.

Holland disse que o Brasil hoje dispõe das condições necessárias e requeridas para fazer “amplos investimentos” em vários segmentos de infraestrutura. Ele citou o fato de que o Brasil é o país que mais recebe investimentos diretos externos no mundo – está em US$ 65 bilhões -, apesar da crise.

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Crescimento

Em linha com os discursos do ministro da Fazenda, Guido Mantega, Holland defendeu que a economia internacional está em recuperação e que o Brasil irá recuperar taxas de crescimento maiores. “Tivemos o prolongamento da crise nos últimos anos e agora é fase de recuperação global, que está acontecendo de forma moderada”, afirmou o secretário. Holland citou que o investimento no Brasil cresceu 6,3% no ano passado.

O secretário defendeu, ainda, que a inflação está sob controle e que a economia brasileira tem fundamentos sólidos. “A trajetória tem sido de redução do endividamento líquido. A dívida bruta também já apresenta estabilidade”, disse.