O governador Roberto Requião e o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, participaram, ontem, da inauguração da nova unidade do grupo Hexal Medicamentos, a segunda maior fábrica da empresa no mundo. “Mais interessante do que os reflexos na economia local é a produção de genéricos, que ajuda a abaixar os preços dos remédios no Brasil”, comentou o governador.
A Hexal do Brasil vai produzir todos os tipos de medicamentos genéricos, como antibióticos e para hipertensão. De acordo com Reinhard Nordmann, presidente da empresa, a fábrica deverá entrar em operação comercial ainda este mês, após obter autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A prescrição de medicamentos genéricos é lei no Paraná. O governador Roberto Requião sancionou, no dia 12 de agosto, a lei número 14.494 – que obriga os profissionais de saúde que atuam no sistema público ou credenciados pelo Estado que prescrevam medicamentos genéricos, como forma opcional.
“Este é o maior investimento da empresa fora da Alemanha e está numa região maravilhosa, localizada em ponto estratégico ideal para nossas operações na América Latina e, posteriormente, no Canadá”, ressaltou um dos presidentes mundiais da Hexal, Thomas Strüngmann, que divide a fundação e a direção da empresa com seu irmão, Andreas, também presente na inauguração. A produção mensal da empresa deve ser de 4 milhões de comprimidos, nesta primeira fase.
Cerca de R$ 120 milhões foram investidos no pólo industrial, que possui 32 mil metros quadrados de área construída e 300 mil metros quadrados de área total. “A Hexal já tem um laboratório em São Paulo, mas em proporção menor que a fábrica instalada no Paraná”, disse o presidente da empresa Reinhard Nordmann. O grupo alemão atua no Brasil desde 1999 e teve faturamento mundial de 1,12 bilhão de euros, em 2003.
Mercado
Inicialmente, a fábrica deve atender o mercado interno, cuja demanda por medicamentos está em ascensão. Posteriormente, o laboratório pretende exportar parte da produção para a América Latina e Europa. Nordmann acredita que as exportações para a Europa devem começar a partir de 2007.
Requião disse que mais empresas devem se instalar no Paraná, graças às medidas tributárias adotadas desde o início de 2003. Com as medidas já adotadas, o Paraná está contabilizando, desde o início do mandato de Requião, a criação de mais de 500 mil novos postos de trabalho formais e informais, a instalação de mais de 60 mil novas empresas e a segunda colocação no ranking entre os estados que mais exportam no País.
O ministro Antônio Palocci afirmou que reconhece o esforço dos estados líderes em exportação na recuperação econômica do País e que o governo federal “está comprometido com estes estados”. “Este é um momento de otimismo que foi apenas coordenado pelo governo. O esforço foi de todos os brasileiros e fico muito contente com os números apresentados pelo Paraná”, disse Palocci.