economia

Hartung diz que confia na justiça após Vale pedir conciliação sobre ferrovia

Sob o risco de perder a oportunidade de antecipar a renovação da concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), a Vale pediu ao juiz da 4ª Vara Federal Cível a realização de audiência de mediação com o governo do Espírito Santo (ES). O governador do ES, Paulo Hartung, diz estar disposto a reabrir o diálogo, mas lembra que o foco da ação judicial proposta pelo Estado é definir se o investimento para antecipação da renovação deve ser no objeto da concessão ou não. Trata-se de um debate técnico e jurídico essencial, avalia.

Para o governador, houve uma tentativa de fazer as coisas ao arrepio da lei e sem nenhum debate com o Espírito Santo. A ação judicial do estado e a posterior manifestação do Ministério Público Federal (MPF), que aderiu ao processo, recolocou as coisas no trilho, segundo ele.

“A União falou em R$ 4 bi pelas duas ferrovias (EFVM e a Carajás, no Pará), com dinheiro colocado na FICO (Ferrovia de Interligação do centro-Oeste). Agora, a mesma união diz que não tem nada decidido: nem valor, nem alocação. Acho que ter procurado a Justiça nos permitiu explicitar que esse processo que estava sendo mal conduzido. Estou confiante no papel da justiça. Acho que a justiça vai suspender esse processo”, diz.

O governador diz que mantém um diálogo importante com a Vale, mas deixa claro que, no caso específico da concessão, houve dificuldade para isso, embora a proposta inicial da companhia fosse de investir na própria concessão.

“A Vale teve uma postura até agora de dizer que não era com ela, que era com a União. Agora, recolocou as coisas no seu lugar. É claro que (a Vale) é parte. Não estamos no debate de alocação do recurso, estamos no debate de renovação antecipada da concessão”, afirma Hartung.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo