O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, afirmou que “a demanda crescendo mais que a oferta é refletida nos preços”, com inflação próxima a 6%. “A absorção doméstica tem crescido mais que o PIB”, ponderou.

continua após a publicidade

Uma outra derivada natural deste descompasso é o déficit de transações correntes. No ano passado, esse indicador foi equivalente a 3,6% do PIB. Contudo, ele vê uma tendência de redução desse saldo negativo das contas externas do País. “Déficit de conta corrente mostra certa estabilização e tende a se estreitar ao longo do tempo”, disse.

Na visão do BC, o câmbio e a recuperação da economia internacional serão favoráveis às exportações nacionais mais à frente. Araújo ressaltou que a transparência é “um dos pilares do regime de metas”, fator que é muito defendido também pelo BC no Brasil. “Inflação baixa e estável é precondição para crescimento sustentável”, apontou. “A inflação alta reduz o consumo e aumenta a concentração de renda. Ela aumenta prêmios de risco e diminui a confiança dos agentes”, ponderou. “Inflação é imposto regressivo”, destacou. “Nos períodos em que a inflação foi menor, as taxas de crescimento foram maiores”, disse. O diretor fez os comentários durante apresentação do Boletim Regional do BC, no Recife.

continua após a publicidade