O avanço do grupo Habitação (0,32% para 0,44%) foi o principal responsável pela aceleração do ritmo de alta do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) na passagem da primeira quadrissemana de abril para a segunda leitura do mês (0,31% para 0,35%), segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Dentro do grupo, a principal contribuição foi do encarecimento de energia elétrica (1,57% para 1,78%), que tem sido pressionada pelos reajustes em algumas distribuidoras.
Nos outros segmentos que avançaram no período, a FGV destaca o aumento de medicamentos em geral (0,24% para 0,91%) em Saúde e Cuidados Pessoais devido ao reajuste anual; salas de espetáculo (1,03% para 1,63%) no grupo Educação, Leitura e Recreação; e tarifa de telefone móvel (0,13% para 0,29%) em Comunicação.
Em contrapartida, a desaceleração em tarifa de ônibus urbano (0,72% para 0,37%) influenciou o arrefecimento em Transportes; alimentos para animais domésticos (-0,58% para -1,06%) deflacionou Despesas Diversas; roupas femininas (1,18% para 0,82%) e frutas (7,93% para 6,97%) contribuíram para o alívio em Vestuário e Alimentação, respectivamente.
Influências individuais
A FGV ainda mencionou as principais influências individuais no IPC-S da segunda quadrissemana de abril. As pressões de alta foram: mamão papaia, que continuou sua trajetória de alta (41,01% para 43,11%), plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 0,95%), leite tipo longa vida (3,93% para 4,48%) e refeições em bares e restaurantes (0,32% para 0,41%), além de energia elétrica.
Já as maiores influências de baixa no período foram: passagem aérea (-6,08% para -7,83%), tangerina (-9,83% para -15,60%), tomate (-2,01% para -4,25%), frango inteiro (-3,13% para -3,68%) e tarifa de telefone residencial (-0,73% para -0,88%).