Dezembro não é o mês típico de compras de material escolar. Nesta época do ano, a maioria das pessoas está interessada apenas nos presentes de Natal. O que pouca gente sabe é que comprar materiais agora pode ser muito mais vantajoso do ponto de vista econômico. É que várias distribuidoras de livros ainda estão trabalhando com preços antigos e só devem reajustá-los no início do ano que vem.
“A maioria dos fornecedores de livros ainda não reajustou os preços. Portanto, vale a pena comprar agora, não só pela tranqüilidade, como também porque ele vai pagar um pouco menos”, afirma Marcos Pedrin, diretor de compras das Livrarias Curitiba. Segundo ele, os livros devem ficar até 10% mais caros no ano que vem. Já o setor de papelaria já sofreu aumento de quase 15%, de acordo com Pedrin.
Apesar da vantagem, muita gente está apenas pesquisando os preços este mês, conta o diretor. “As consultas já começaram, mas as vendas ainda estão fracas”, diz. Ele lembra que a rede conta com um site (www.livrariascuritiba.com.br), através do qual é possível pesquisar listas de material escolar de 150 escolas de Curitiba e Região Metropolitana.
Mais opções
O casal Marcelo e Kátia Azevedo Costa foi um dos poucos que resolveu antecipar as compras de material escolar. Estavam nas Livrarias Curitiba adquirindo materiais para o filho Felipe, 4 anos, que vai cursar o Jardim II. Na lista, além de itens básicos como lápis, papéis, borracha, cola, havia livros de Matemática e Ciências.
A lista saiu por R$ 196,00, sendo R$ 127,50 em livros. “Liguei em sete livrarias, e só aqui encontrei os que eu procurava. Acho que há certo monopolismo e acordo entre livrarias e editoras”, suspeitou Kátia.
Para o casal, a antecipação das compras se deve ao maior número de opções de produtos e o melhor atendimento. “A gente pretende comprar tudo de uma vez só, para evitar tumulto mais tarde. O preço também conta muito”, afirmou Marcelo.
Adereços podem fazer subir o preço
Quem vai comprar material escolar, independentemente se for agora ou apenas no início do ano, vai ter que preparar o bolso. Os modismos continuam em alta e fazendo a cabeça da garotada. Nas Livrarias Curitiba, por exemplo, um caderno de 240 folhas, de capa simples mas marca reconhecida, sai por R$ 7,00. Um caderno com o mesmo número de páginas pode ir, no entanto, para R$ 14,70 (capa dura e personagens em evidência) ou R$ 38,00 – caderno de 200 folhas, capa almofadada em alto relevo.
“O preço varia muito conforme a sofisticação, o modismo”, atesta Marcos Pedri, das Livrarias Curitiba. Outro exemplo é a caneta, que pode custar desde R$ 0,40 (a tradicional BIC), até R$ 4,00 – caso das canetas perfumadas. “A qualidade é a mesma. Não se trata de produto inferior”, diz.
De olho na garotada
Na Papelaria Santa Cruz, centro de Curitiba, a diferença de preços se repete. Um penal simples custa R$ 2,00, enquanto um das Meninas Superpoderosas, R$ 7,30. “Os filhos influenciam bastante na hora da compra”, afirma a gerente da papelaria, Jacira Kretschmer. Segundo ela, por enquanto as pessoas estão apenas pesquisando os preços, mas as compras ainda não começaram. “O movimento está mais fraco do que nos anos anteriores”, revela, acrescentando que o brasileiro costuma mesmo é deixar as compras para a última hora. “A procura aumenta só depois do dia 15 de janeiro.”