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‘Há sinais de recuperação mais disseminada, em ritmo gradual’, diz Viana

O diretor de política econômica do Banco Central, Carlos Viana de Carvalho, disse nesta quinta-feira, 21, que o cenário básico considerado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) leva em conta uma recuperação da economia de forma mas disseminada, inclusive no setor de serviços, cuja reação está mais defasada em relação aos demais.

“Os indicadores mostram a retomada gradual da economia que, no entanto, segue operando com alto nível de ociosidade. O cenário externo tem se mostrado favorável, com a atividade econômica global se recuperando”, afirmou, ao comentar o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta quinta pelo BC.

Viana lembrou que o documento traz um boxe com revisões nas projeções do BC para o Produto Interno Bruto (PIB), com estimativas de alta de 1,0% em 2017 e 2,6% em 2018.

O diretor também destacou o boxe sobre a evolução do crédito para pessoas jurídicas. “Fica claro que houve um primeiro período em que o crédito para empresas de maior porte continuou subindo, enquanto já havia contração no volume total. A partir do fim de 2015 essas operações maiores também entraram em declínio”, comentou. “Mas esse recuo está sendo compensado pelo maior dinamismo do mercado de capitais”, completou.

Ele também citou a revisão das projeções do BC para o balanço de pagamentos no próximo ano. “A situação é muito confortável, com expectativa de déficits menores em conta corrente do que nos últimos anos. Mas natural que esse déficit volte a crescer em uma situação em que a economia se recupera”, avaliou.

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