O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se mostrou bastante confiante de que o caos não se instalará na zona do euro, embora reconheça que a piora da crise irá contagiar o mundo todo e certamente chegará ao Brasil. “Não vejo falta de recursos e de condições para evitar quebra de países”, disse o ministro, após reunião do Comitê Monetário e financeiro (IMFC), na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington.

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Segundo Mantega, os bancos europeus têm situação estável, razoável e se precisarem, têm fundamentos. “Não há nenhuma razão para que haja quebra de países ou de bancos nas próximas semanas”, disse o ministro, completando que os vencimentos da Grécia estão sob controle e não há vencimento de curto prazo que o país não possa cumprir. Apesar de demonstrar confiança, o ministro resolveu adiantar em um dia seu retorno ao Brasil, para o caso de “haver alguma volatilidade”.

Mantega reconhece que o interbancário europeu não está funcionando “adequadamente”, mas disse que o Banco Central Europeu (BCE) tem poder de fogo para capitalizar os bancos necessitados.

Para Mantega, os governos, especialmente das economias avançadas, devem impedir que essa crise siga adiante e que gere defaults dos países ou “enfraquecimentos” irreversíveis de bancos europeus. “Para isso, há arsenal de medidas que a meu ver são suficientes. Os europeus estão aprovando esse fundo de estabilização (Fundo de Estabilidade Financeira Europeu ou EFSF), que tem os instrumentos para enfrentar o problema”, disse.

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Mantega acredita que o os parlamentos dos 17 países da zona do euro irão aprovar o programa. “O parlamento francês já aprovou, o alemão vai discuti-lo na próxima semana. O problema são os demais, os outros 15. Basta que tenha um contra e a coisa não sai. Mas eu acredito que vai prevalecer o bom senso”.