Guido Mantega diz que juro básico ainda pode cair mais

Há espaço para a queda da taxa Selic, na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai retomar os cortes quando achar conveniente. De acordo com o ministro, "a economia não vai parar de crescer por causa desta interrupção".

"Do ponto de vista macroeconômico, esta interrupção de queda não tem nenhuma repercussão prática", afirmou. Além de observar o aquecimento da demanda e o crescimento do crédito, o ministro destacou a defasagem dos efeitos da política monetária, observando que os cortes já realizados pelo Copom ainda exercerão efeitos benéficos sobre a economia por mais seis meses. O Copom decidiu ontem à noite manter a taxa Selic estável em 11,25% ao ano, interrompendo uma trajetória de redução gradual dos juros básicos da economia brasileira iniciado em setembro de 2005.

"Não se trata de aumento da taxa. Apenas não houve nova redução depois de dois anos de redução ininterrupta", afirmou Mantega. Apesar de observar que é preciso esperar a divulgação da ata do Copom para entender as razões que levaram o Banco Central a interromper a trajetória de queda, Mantega estima que "tem espaço para cair mais a taxa de juro".

O ministro acredita que nos próximos anos a taxa de juro doméstica será compatível com a dos demais países emergentes. "A taxa de juro real chegará a 5%, 5,5% nos próximos anos", afirmou. Mantega está em Washington, onde acontece esta semana a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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