Os ministros de Fazenda dos 12 países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) iniciaram na manhã desta sexta-feira (12) uma reunião em Buenos Aires para criar um fórum de acompanhamento dos movimentos econômicos e financeiros da região e para criar um fundo de resgate das nações do grupo. “Isso vai trazer uma aproximação maior de todos os países porque teremos uma ação mais coordenada no que diz respeito à questão econômica”, afirmou o ministro brasileiro Guido Mantega, em entrevista à imprensa.

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Os ministros vão constituir formalmente nesta sexta o Conselho de Economia e Finanças da Unasul. Será discutida a criação de uma estrutura financeira regional para garantir a estabilidade dos mercados e moedas dos países diante da turbulência internacional. Para tanto, os ministros pretendem usar uma parte dos US$ 570 bilhões de reservas acumuladas pelos 12 países (Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela).

Segundo Mantega, o conselho analisa duas possibilidades: uma seria ampliar e reforçar o Fundo Latino-Americano de Reservas (FLAR), constituído atualmente pela Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela, e integrando o Brasil e a Argentina; a outra, criar um fundo nos moldes do asiático, que atua mais em mecanismos de swap (troca) de moedas entre os países.

Em um improvisado “portunhol”, Mantega disse que os mercados sul-americanos estão crescendo e “temos de nos preservar para nosotros”. Mantega ressaltou que até agora a região não foi muito atingida por esta crise, mas houve “alguma volatilidade, alguma saída de capitais em alguns países; no Brasil, como sempre, há entrada”. “Então, provavelmente a crise vai nos atingir menos porque nós estamos mais preparados. Os países todos têm uma situação fiscal melhor do que os países avançados”, afirmou.

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