Guerra de tarifas entre aéreas brasileiras recomeça em 2007

Rio (AE) – Um estudo feito pela consultoria Bain & Co. mostra que a guerra de tarifas entre as empresas aéreas brasileiras, que ficou bem menor este ano com a drástica redução de ofertas de vôo pela Varig, pode voltar no ano que vem. A expectativa otimista se baseia na chegada de novos aviões encomendados pelas empresas, que devem reequilibrar a oferta e a procura de passagens.

Se a situação realmente ocorrer, o passageiro será o principal beneficiado – situação bem diferente da encontrada em meados de julho deste ano, quando a quase paralisação da Varig levou a um encolhimento do número de assentos disponíveis e muita dificuldade em encontrar passagens por preços mais baixos.

Andre Castellini, especialista em aviação da Bain, diz que a redução de tarifas para o próximo ano é possível porque atualmente o setor aéreo tem menos aeronaves do que deveria, o que resulta em menos assentos disponíveis e, conseqüentemente, em menor oferta de passagens. Por isso, a taxa de aproveitamento dos aviões está em torno de 75% – o que mostra que há aviões voando com 100% de ocupação, deixando passageiros no chão. Assim, ressalta Castellini, é difícil encontrar passagens com preços baixos, restando apenas as tarifas cheias.

?No ano que vem, vamos passar por um cenário de excesso de oferta. Segundo nossas projeções, a taxa de aproveitamento das aeronaves deverá se situar entre 62% e 65%?, diz Castellini. De acordo com o especialista, o ideal para a indústria ter equilíbrio entre oferta e demanda é uma taxa de ocupação dos aviões entre 65% e 70%. Esse nível será garantido a partir do fim deste ano, com a chegada de 15 aviões encomendados pela Gol e pela TAM, segundo levantamento da Bain.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a junho os preços dos bilhetes aéreos registraram recuo de 7,38%.

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