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Guedes sobre militar na Previdência: são patriotas e têm de liderar pelo exemplo

Logo após o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), revelar que já havia a decisão no novo governo de incluir os militares na reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou nesta quinta-feira, 24, na mesma direção quando questionado sobre o tema pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. “São patriotas [os militares] e sabem que têm que liderar pelo exemplo”, comentou entre agendas que cumpre no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

O general Heleno também está na cidade, mas segue outra agenda. A inclusão dos militares na reforma, segundo Heleno, se daria em uma segunda fase da mudança de regras.

O Broadcast apurou na quarta-feira, 23, que, durante almoço fechado com investidores internacionais no Fórum, o presidente Jair Bolsonaro também havia dado essa mesma indicação, ainda que não declaradamente.

Segundo um participante do encontro, ele se mostrou otimista com a aprovação da proposta do Executivo pelo Congresso, mas ponderou que é preciso “ir com calma”. “Ele quis dizer que em algumas áreas, que todos sabem quais são, é preciso ter cuidado e, com isso, ficou muito claro que essas áreas serão incluídas na reforma”, disse a fonte.

O Broadcast também disse ao ministro que o general havia feito essa afirmação a jornalistas que estão em Davos. “Olha, que coisa boa”, comentou.

Na manhã desta quinta, Guedes esteve reunido com executivos de empresas multinacionais e, na sequência, participará de um almoço promovido pelo Bank of America.

Economia de R$ 1,3 trilhão

Mais cedo, o ministro da Economia afirmou à agência de notícias Reuters, em entrevista concedida durante o Fórum Econômico Mundial, que a reforma da Previdência que o governo vai enviar ao Congresso pode economizar dos cofres públicos até R$ 1,3 trilhão.

“Nós estamos estudando os números e eles variam de R$ 700 a 800 bilhões a R$ 1,3 trilhão, então esta é uma reforma significante e que nos dará um importante ajuste fiscal estrutural”, afirmou o ministro.

A realização da reforma, segundo Guedes, dará ao Brasil um “poderoso efeito fiscal” com duração por “15, 20, 30 anos”. “Ou é isso, ou vamos nos tornar a Grécia”, disse.

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