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Foto: Agência Brasil

Luís Carlos: ?Governo tem que tomar iniciativa, agir?.

O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, defendeu ontem que o País precisa de uma nova política agrícola. ?Estamos convencidos de que o atual modelo está esgotado?, disse ao participar da abertura da reunião da Câmara Temática de Infra-Estrutura e Logística do Agronegócio. Ele afirmou ainda que a atual política tem servido para lidar com crises e correr ?atrás do prejuízo?.

O ministro informou que serão gastos de R$ 4 a 5 bilhões este ano com ações para minimizar a crise do agronegócio, de acordo com cálculo que está sendo fechado pelo ministério. Apenas com o setor de soja, o investimento em infra-estrutura e transporte será de cerca de R$ 1 bilhão, mais do que o orçamento da Agricultura, de aproximadamente R$ 900 milhões.

?Não tem mais sentido a gente estar correndo atrás da crise, atrás do prejuízo. É impossível administrar o futuro assim e é muito caro?, ressaltou. ?O governo tem que tomar iniciativa, agir. O setor público está constantemente reagindo.?

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Segundo Guedes Pinto, o novo modelo para a política agrícola brasileira precisa garantir a ampliação do seguro agrícola, diversificar as fontes de financiamento para a agricultura, melhorar os contratos entre os produtores e os demais setores, entre outras questões.

A câmara temática está discutindo o Plano Nacional de Logística de Transporte (PNLT), em elaboração pelo governo federal. O objetivo é estabelecer ações e investimentos públicos e privados de longo prazo para a infra-estrutura de transporte. O documento deve incluir propostas de mudanças na legislação.

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O ministro destacou que a melhoria da infra-estrutura é essencial para garantir competitividade internacional para o setor agrícola. ?São raras as atividades em que o Brasil não consegue produzir de forma competitiva com qualquer outro país do mundo. Mas quando o produto sai da unidade de produção até chegar ao consumo, ou no caso da exportação até chegar ao porto, muda muito?, afirmou.

O presidente da câmara temática, Paulo Protasio, representante do setor privado, defendeu que é preciso apoiar a elaboração do plano para que ele reflita as expectativas do setor. ?O PNLT vai servir de referência para o setor de transportes nos próximos 15 anos. Se não participarmos, vai ser difícil pegar carona depois.?