O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em entrevista a “O Antagonista” que o fato de os Estados Unidos não terem indicado o Brasil para integrar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e as alegações de que o País teria sido preterido pelos EUA decorrem de uma “falha de comunicação” do processo.
“Não houve má fé deles. Na primeira reunião que tivemos, antes de o presidente Bolsonaro tomar posse, os EUA já haviam dito que apoiariam primeiro a Argentina para a OCDE, que o Brasil embarcaria logo depois”, disse o ministro.
Com isso, ele diz que não vê problema no fato de o governo brasileiro ter feito concessões como o aumento da cota de importação de trigo dos EUA e não ter sido indicado para a organização. “É parte do show”, afirmou Guedes.
Ele defende que a posição dos Estados Unidos de indicar apenas um país para integrar a organização vem de uma disputa com a União Europeia pela hegemonia no bloco. Segundo o ministro, os EUA teriam acordado com a UE que cada um indicaria apenas um país para integrar a OCDE, para evitar a mudança na balança de forças da organização.
“Mas eles têm reafirmado que vão apoiar o Brasil para a OCDE. Estamos com a senha e somos os próximos. Esse episódio está superado”, defendeu o ministro.