O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o projeto de lei sobre a reforma da Previdência dos militares pode ter um impacto de R$ 100 bilhões. “Trouxemos essa reforma para cá, são dezenas de bilhões. Chega a quase R$ 100 bilhões, a contribuição nos próximos dez anos e daí para frente, o regime dos militares será superavitário. Mais do que justo também houve um programa”, disse Guedes.
Guedes, no entanto, não deu detalhes de como isso deve acontecer. Guedes entregou o projeto à Câmara dos Deputados na companhia do presidente Jair Bolsonaro e dos ministros da Casa Civil e Defesa, Onyx Lorenzoni e Fernando Azevedo e Silva.
“Viemos fazer a entrega para Rodrigo Maia da contribuição dos militares para nossa reforma previdenciária. A reforma que orçamos em R$ 1,170 trilhão, é, pela equipe econômica, considerada indispensável para que possamos retomar o crescimento econômico”, disse ao deixar o gabinete do presidente da Câmara.
Caso a reforma não seja feita, segundo ele, o Estado estaria “rumo à insolvência”. “Por isso, encaminhamos uma reforma com potencial fiscal, acima de um trilhão de reais e os militares, as forças armadas brasileiras, com o patriotismo de sempre, entenderam a importância em participarem dessa contribuição”, disse.
Segundo Guedes, o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, fechou os detalhes da reforma dos militares ainda nesta quarta-feira, 20, juntamente com o ministro da Defesa. O ministro da Economia afirmou que o projeto trata de um programa de reestruturação da carreira. “Sentimos que estamos fazendo uma correção não só da Previdência, mas também do lado de reduzir privilégios”, disse. “O projeto trata basicamente da proteção social dos militares”, disse.
Segundo ele, foram realizadas duas negociações diferentes entre dos militares. “Nós da economia não entramos em nada da reestruturação dos militares”, disse.
O ministro da Defesa, Azevedo e Silva, afirmou que os militares vão contribuir com o “enorme esforço fiscal para o País”, disse. Ele ressaltou as peculiaridades da carreira e disse que os militares “não têm uma relação de trabalho entre patrão e empregado”, disse.