O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que “a responsabilidade de redução de juros é do Banco Central” e que o governo trabalha para viabilizar as condições para que o BC continue no processo de queda da Selic. “Neste sentido, precisamos avançar nas reformas, ter situação fiscal equilibrada e elevar produtividade”, apontou.

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Segundo o ministro, caso o processo de realização de reformas, sobretudo as fiscais, seja paralisado, o País corre o risco de retrocesso de conquistas como a volta do crescimento do PIB, depois de profunda recessão. “Mas o nível de atividade está em expansão, o crescimento não é isolado. Essa é notícia boa.”

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O ministro também destacou que o regime de câmbio no Brasil é flutuante e que não pode antecipar a tendência deste preço relativo. “O que podemos dizer é que a economia passou por processo de ajuste, com resgate da confiança.”

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Guardia ressaltou que, no seu primeiro dia nos encontros do Fundo Monetário Internacional (FMI), participou de algumas reuniões, como uma envolvendo autoridades do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que formam o acrônimo BRICS, na qual foram tratados temas de cooperação em Parceiras Público-Privadas (PPPs) e gestão dos bancos centrais.

“Também tivemos uma reunião com ministros da Fazenda de vários países, incluindo EUA, sobre a Venezuela”, disse o ministro. “Há preocupação de todos os países com a questão humanitária na Venezuela, que hoje tem o maior fluxo migratório do mundo. Precisamos continuar a monitorar a situação do País.”

Ele fez os comentários para jornalistas em meio à sua jornada de reuniões no encontro do FMI, em Washington.