O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, vai receber às 17h30 o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que é relator do projeto de lei de privatização da Eletrobras em comissão especial na Câmara. O compromisso foi incluído na agenda nesta quinta-feira, 12, e informado pela assessoria da Fazenda. Mais cedo, Guardia disse que começaria ainda esta semana a interlocução com o relator para fazer o esforço em torno do projeto da privatização.

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Nesta tarde, a privatização da estatal foi abordada, com uma certa confusão, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto pelo próprio Guardia e também pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Houve desencontros no discurso do governo sobre o decreto que incluirá a Eletrobras no Plano Nacional de Desestatização.

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Depois de o novo ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, dizer na quarta-feira, 11, que decreto seria publicado nesta quinta, Marun afirmou na coletiva que “houve uma confusão” e que o texto ainda está sendo avaliado. “O governo quer a capitalização da Eletrobras, mas isso fará em parceria e sintonia com o Congresso. Não temos a ideia de fazer isso sem que seja ouvido e deliberado com o Congresso. Houve uma confusão no sentido que esse decreto poderia ser o caminho, mas isso estamos avaliando”, disse.

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Guardia pareceu ter sido pego de surpresa e chegou a dizer que o decreto havia saído. Ao ser informado que não, o ministro disse que iria se “atualizar” e ressaltou a importância da capitalização. “A Eletrobras, como venho dizendo todo dia, é uma prioridade do governo”, afirmou.

Marun foi questionado das dificuldades de Moreira Franco em negociar com o Congresso, como reconheceu o próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e tentou minimizar a resistência dos parlamentares ao ministro. “O governo é uma equipe. O ministro Moreira Franco tem toda a capacidade técnica, tem conhecimento da política e em termos de articulação política pode ser auxiliar”, disse.

Segundo fontes do Planalto, o decreto não foi publicado hoje porque o presidente Michel Temer avaliou que Moreira Franco estava “com pressa” e que era preciso medir a temperatura do Congresso antes de assinar a medida.

Na Câmara, a comissão especial do tema só conseguiu dar andamento aos trabalhos na quarta-feira, 11, depois de sucessivos cancelamentos e adiamentos, por falta de quórum e obstrução de parlamentares, inclusive da base aliada do governo. Com isso, os debates sobre o projeto começam na próxima semana. A primeira audiência pública foi marcada para terça-feira (17) e o convidado será o presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr.