O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que o Brasil deve crescer 3% em 2018 e também 3% em 2019, mesmo sem a adoção de mais reformas estruturais pelo governo. “Mas, com reformas, o crescimento potencial sai de um nível ao redor de 2,5% para um patamar entre 3,5% e 4%”, destacou.

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Contudo, Guardia ressaltou que as reformas estruturais precisam avançar no País, mas é necessário “atacar a questão fiscal, o que requer aprovação da reforma da Previdência Social.” Ele destacou que o teto de gaStos do governo ficaria inviável se não ocorrer uma mudança estrutural do sistema de benefícios para aposentados no País.

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“Precisamos também atacar a questão tributária, que é custo para governo e empresas. Precisamos fazer reforma tributaria, sem descuidar da questão fiscal”, apontou Guardia.

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Segundo o ministro, é necessário para o Brasil o incremento dos investimentos, o que requer marcos regulatórios adequados. “Também são cruciais as privatizações, investimentos de infraestrutura com recursos do setor privado e equilíbrio fiscal”, disse.

O ministro apontou outros fatores que ajudarão no crescimento sustentável da economia, como medidas para reduzir o custo do crédito, como cadastro positivo e duplicata eletrônica. “Estamos discutindo autonomia operacional do BC, o que é importante para continuar a redução dos juros.”

Guardia afirmou ainda que a estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI) de crescimento de 2,3% para o Brasil neste ano “está um pouco mais conservadora” do que a média de economistas no País, que estimam que o PIB deve avançar 2,8%. Guardia destacou que a previsão do governo é de alta do PIB de 3% em 2018 e também de 3% para 2019.

“O Brasil saiu da recessão. Estamos no caminho do crescimento. Todos os segmentos estão crescendo, inclusive os investimentos, como em bens de capital. Temos também inflação sob controle e patamar de juros menor que a gente nunca viu”, disse o ministro. “O que é importante é a tendência.”

Ele fez os comentários para jornalistas em meio a sua jornada de reuniões no encontro do FMI em Washington.