O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, negou nesta segunda-feira, 26, ter participado de qualquer discussão para a edição de uma medida provisória para dividir com Estados e municípios os recursos do leilão de excedente de petróleo do contrato de cessão onerosa da Petrobras. “Não participei de nenhuma conversa sobre MP dividindo os recursos da cessão onerosa. A edição de MP é uma prerrogativa do presidente da República, mas a Fazenda em nenhum momento foi consultada sobre isso”, disse Guardia após encontro com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro, que assumirá a presidência do órgão de controle daqui a duas semanas.

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Guardia lembrou que a previsão é de que o projeto de revisão da cessão onerosa seja votado pelo Senado nesta terça-feira, 27, e admitiu que ainda não há um acordo sobre o texto final da proposta.

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Parte dos senadores defendem colocar no texto uma previsão de que 20% dos recursos arrecadados no leilão do excedente de petróleo sejam repartidos com Estados e municípios. Essa proposta iria de encontro ao que desejam os governadores e contaria com o aval do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Outros senadores e integrantes da atual equipe econômica defendem que, na verdade, recursos do Fundo Social sejam repassados aos governos regionais. Um projeto ampliando a repartição dos recursos desse fundo tramita na Câmara dos Deputados e poderia ser pautado nesta semana no plenário da Casa.

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Questionado sobre qual das duas alternativas seria melhor do ponto de vista das contas públicas, Guardia se esquivou da resposta. Sem se comprometer com nenhuma das opções, o ministro limitou-se a comentar que defende a legislação atual.

No encontro no TCU, Guardia disse ter tratado da pauta do tribunal até o final do ano, incluindo temas como o teto de gastos e a própria cessão onerosa.