Autoridades reguladoras federais fecharam o Guaranty Bank, no Texas, na sexta-feira, e concordaram em absorver o ônus da massa de perdas potenciais da carteira de ativos da instituição que será vendida à unidade do grupo espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA (BBV) nos EUA. O fechamento do banco e de outros três grupos financeiros ontem eleva para 81 o número de falências bancárias nos EUA neste ano, o que corresponde ao total mais alto desde o final da crise das cadernetas de poupança (Savings and loan) na década passada.
O Guaranty torna-se o 10º maior banco que entra em colapso da história dos EUA, já que autoridades governamentais continuam suspendendo operações de instituições bancárias mais problemáticas. Reguladores determinaram ainda o encerramento das operações de outros três bancos menores na Geórgia e Alabama, com ativos combinados de US$ 927 milhões.
A Corporação Federal de Seguro de Depósito (FDIC, na sigla em inglês) calculou que os quatro bancos fechados nesta sexta-feira acarretarão um custo de US$ 3,3 bilhões aos seus já escassos seguros para depósitos.
A FDIC vendeu a maior parte das operações do Guaranty para o BBVA Compass, divisão do BBVA nos EUA. O Guaranty tem US$ 13 bilhões em ativos e o BBVA Compass concordou em comprar um total equivalente a US$ 12 bilhões. O FDIC fechou um acordo para absorver perdas potenciais de US$ 11 bilhões que podem emergir desse portfólio. É a primeira vez que reguladores norte-americanos vendem um banco falido para uma subsidiária de uma instituição estrangeira.
O Guaranty tem 162 unidades e era um dos maiores bancos independentes com sede no Texas. O banco viu o precipício após realizar investimentos ruins em ativos emitidos por outras instituições.