Cerca de 120 manifestantes do Movimento Ocupa Rio resolveram protestar contra o Ato liderado pelo governador Sérgio Cabral na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, contra o projeto de redistribuição dos royalties do petróleo. Com rosas nas mãos e faixas, os jovens, alguns de nariz de palhaço, se posicionaram em um dos lados da praça para gritar palavras de ordem contra o governador.
“Este governo não nos representa”, dizia um dos cartazes. A frase também era repetida pelos manifestantes e em folhetos improvisados pelo grupo, que cobravam do governador o enfrentamento de prioridades sociais como o aumento do salário de professores e policiais.
Acampados na Cinelândia há três semanas, seguindo o movimento americano “Ocupar Wall Street”, os jovens não conseguiram se aproximar do palco onde estava o governador porque o governo do Estado fez uma triagem do público. Apenas os portadores de pulseira brancas podem ficar na área do palco, alguns deles servidores e outros ligados a partidos políticos.
“O governador está escolhendo quem vai aplaudi-lo”, reclamou uma professora de 26 anos que participa do Ocupar Rio. Por princípio, os jovens não têm liderança e não dizem seus nomes. Um biólogo de 22 anos reclamou do uso de dinheiro público para promover a manifestação. “Não queremos discutir a questão dos royalties com alguém que não escuta. Este som é uma tentativa de substituir a voz do povo. Injustiça é a desigualdade do Rio”, afirmou.