Grupo francês de comunicação quer comprar a GVT

O grupo francês Vivendi está confiante de que vai obter autorização dos acionistas da GVT para seguir adiante com sua oferta para comprar a operadora de telefonia brasileira, que tem sede em Curitiba.

O conglomerado europeu, que atua nos ramos de comunicação e entretenimento, anunciou um acordo com os acionistas controladores da companhia telefônica, com a intenção de desembolsar R$ 42 por ação.

A oferta totaliza R$ 5,4 bilhões e é condicionada à aquisição de 51% do capital diluído da empresa. Ontem, as ações da GVT tiveram forte alta na Bovespa, subindo 17,65%.

Ninguém da empresa se manifestou, ontem, sobre a oferta, que ainda está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores e dos diretores e acionistas minoritários da GVT, que terão de votar a favor da renúncia à cláusula de proteção contra dispersão da base acionária (conhecida por “poison pill”).

“O grupo de acionistas controladores já se comprometeu a votar a favor. Estou muito confiante de que vamos conseguir isso”, afirmou o executivo-chefe da Vivendi, Jean-Bernard Levy.

Ainda ontem, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, defendeu uma análise detalhada da eventual compra, antes de fazer uma avaliação sobre o impacto da operação no Brasil.

“A gente tem que fazer uma boa análise para saber o que significa isto, que impacto isto traz para a continuidade dos serviços da empresa no Brasil e de que maneira isto interfere no mercado de trabalho”, afirmou.

Alta

O valor proposto por ação da GVT, de R$ 42, representa um prêmio de quase 16% sobre o preço de fechamento dos papéis na Bovespa na terça-feira. Ontem, as ações da empresa (GVTT3) tiveram alta de 17,65%, sendo negociadas a um valor até superior ao da oferta. De acordo com boletim da Bovespa emitido às 18h42, a cotação era de R$ 42,66. Na terça-feira, a cotação fechou em R$ 36,26, com uma de quase 5%.

A Link Corretora, em comunicado, afirmou que mantém o otimismo com a companhia, continuando a recomendar a compra das ações da empresa. Porém, afirmou que o prêmio, apesar de expressivo, não é tão alto a ponto de “tornar óbvia a adesão em massa aos termos propostos.”

O nome Vivendi não é totalmente estranho no Paraná. Em 2000, a empresa adquiriu participação na Sanepar, através da Dominó Holdings, da qual era sócia. Seu braço ambiental, porém, foi desmembrado em 2002, com a Vivendi mantendo uma pequena participação na companhia.

Na época, a empresa tinha mudado o nome para Veolia e sua subsidiária no Brasil passou a se chamar Sanedo. No início de 2008, a Copel comprou a parte da Sanedo na Dominó Holdings, depois de uma tumultuada negociação.

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