Ao contrário da maioria dos investidores, o presidente do Grupo Fator, Manoel Horacio Francisco da Silva, está apostando em um crescimento em torno de 4% da economia brasileira. Um dos exemplos positivos apontados por ele foi o setor de agronegócios, que só no primeiro trimestre deste ano já atingiu um resultado de 6%. Mas Manoel Horacio entende que o governo ainda precisa vencer as questões políticas.

O executivo afirma que o governo está no caminho certo na adoção de uma política austera, tendo como fator predominante o superávit primário. Porém, ele diz que o que ainda assusta é a carga tributária. Só no ano passado o custo do País foi de 42%: 9% representaram os juros, enquanto nos países emergentes esse custo é de cerca de 25%. “Por isso, acho que a reforma tributária é fundamental”, comentou.

Nesse setor, diz Manoel Horacio, a população tem papel fundamental, pois precisa eleger representantes envolvidos com a proposta de crescimento do País. “Hoje eles não estão olhando a nação, mas as próximas eleições”, disse. Para o executivo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem criado uma imagem positiva do Brasil no exterior, mas é preciso que a casa esteja em ordem para essa credibilidade se confirmar. Essa postura do presidente, também estaria ligada a um planejamento para a continuidade no poder, “porque ele veio de partido de esquerda, que hoje não faz o que defendia, pelo simples fato de que o PT quer continuar no poder”.

Grupo

As empresas Fator iniciaram as atividades em 1967, no Rio de Janeiro, como corretora de valores. Atualmente a Fator atua no mercado por meio de quatro áreas de negócios distintas: Fator Corretora, Fator Administração de Recursos, Fator Corporate e Banco Fator. Só na área administrativa o grupo comemorou no ano passado um crescimento superior a 91%. A proposta para os próximos cinco anos, diz Manoel Horacio Francisco da Silva é multiplicar por cinco o volume de recursos administrados.

Uma das metas do Fator é expandir as atividades no País, principalmente no Sul, tendo Curitiba como base. Segundo Manoel Horacio, a capital paranaense tem uma renda média muito melhor que as regiões Norte e Nordeste, e por isso apresenta muitas vantagens econômicas que ainda nem foram exploradas.

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