A principal contribuição para a desaceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado para composição do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) veio do grupo Despesas Diversas. De junho para julho, o IPC desacelerou de 5,47% para 0,52%. Nesta classe, vale citar o comportamento do item jogo lotérico, cuja taxa passou de 49,37% para 1,58%.

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No total, cinco das oito classes de despesa componentes do índice do consumidor registraram decréscimo em suas taxas de variação. Para a desaceleração no grupo Educação, Leitura e Recreação (de 0,82% para -0,07%), a deflação em passagem aérea (12,67% para -13,42%) foi o destaque. Em Transportes (0,28% para 0,04%),a maior contribuição veio da queda no preço de automóvel novo (0,64% para 0,04%). No grupo de Saúde e Cuidados Pessoais (0,79% para 0,56%), os artigos de higiene e cuidado pessoal (1,66% para 0,47%) exerceram a maior influência. E no grupo Vestuário (0,37% para 0,29%), a deflação nos preços de roupas femininas (-0,05% para -0,50%) foi a mais importante, segundo a FGV.

No sentido contrário, três classes de despesas apresentaram acréscimo nas taxas de variação. Os preços em Habitação (0,70% para 0,94%) aceleraram, principalmente por conta da tarifa de eletricidade residencial (0,49% para 2,25%). A inflação no grupo Comunicação (0,25% para 0,37%) subiu impulsionada pelo aumento na tarifa de telefone móvel (0,14% para 0,67%). E em Alimentação (0,98% para 0,99%), o aumento no preço das frutas (-2,31% para 2,82%) preponderou na aceleração da inflação nessa classe de despesas.

De forma isolada, as maiores influências de alta para o IPC na passagem de junho para julho foram: tarifa de eletricidade residencial (de 0,49% para 2,25%), condomínio residencial (de 1,32% para 1,69%), refeições em bares e restaurantes (de 0,45% para 0,50%), taxa de água e esgoto residencial (de 3,31% para 2,00%) e plano e seguro de saúde (de 0,70% para 0,89%).

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As maiores influências de baixa sobre o IPC foram tomate (de -2,49% para -12,50%), passagem aérea (de 12,67% para -13,42%), tarifa de ônibus urbano (de 0,04% para -0,35%), material para reparos de residência (de 0,72% para -1,07%) e etanol (de -0,97% para -1,12%).

Construção

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O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou de 1,87% para 0,66% de junho para julho. O grupo relativo a Mão de Obra teve variação de 1,10%, ante 3,16% em junho. Já Materiais, Equipamentos e Serviços foi para 0,17% ante 0,47% no mês anterior.

De forma isolada, os itens que mais influenciaram o índice negativamente foram vergalhões e arames de aço ao carbono (de 0,72% para -1,09%), condutores elétricos (de 1,93% para -1,96%), cimento portland comum (de 0,23% para -0,42%), massa de concreto (de 0,00% para -0,11%) e materiais elétricos (de 1,33% para -0,11%).

Entre as maiores pressões isoladas de alta do INCC-M na passagem de junho para julho estão: ajudante especializado (de 2,88% para 1,06%), servente (de 3,30% para 1,14%), pedreiro (de 3,13% para 1,17%), carpinteiro (fôrma, esquadria e telhado) (de 3,38% para 1,18%) e eletricista (de 2,80% para 1,38%).