Já passa de uma semana a greve dos trabalhadores das obras de ampliação e manutenção da refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar/Petrobras) e da Fosfértil, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Após reuniões realizadas durante a semana passada, que foram retomadas na tarde de ontem, representantes da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT/PR) afirmam que as 31 empresas, contratadas pela Petrobras para realizar as obras no local, ainda não ofereceram uma proposta condizente com a solicitada pelos grevistas que, ao todo, chegam a dez mil.
A proposta, que já havia sido recusada anteriormente pelos operários, continua a mesma. O documento prevê 6% de reajuste salarial, cesta-básica no valor de R$ 60, abono de um salário para quem está para se aposentar, 30% de adicional de periculosidade e 80% de um salário a título de participação nos lucros e resultados.
A contraproposta dos trabalhadores prevê piso salarial de R$ 897,60; correção salarial pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais 20% de aumento real nos vencimentos, cesta-básica, crédito alimentação, horas-extras com adicional de 100% e 200%, adicional de periculosidade de 30%, ajuda de custo de R$ 450, fim do contrato por obra certa, entre outros.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Petrobras informou que não está se pronunciando com relação à greve, pois quem está diretamente envolvido com os trabalhadores são as empresas que prestam serviço à companhia.
Quanto à produção, a Petrobras diz ainda que a greve não trouxe prejuízo, pois os trabalhadores paralisados são provenientes das obras de construção civil e não das refinarias, que continuam produzindo normalmente.