A greve nacional dos fiscais agropecuários, deflagrada ontem, interrompeu todas as atividades de importação e exportação de produtos e insumos agrícolas. Conforme levantamento preliminar da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Annfa), mais de 90% dos 2.670 fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura paralisaram as atividades de fiscalização, inspeção e defesa agropecuária em portos, aeroportos e fronteiras terrestres. No Paraná, a adesão da categoria foi total, segundo o presidente da Associação dos Fiscais Federais Agropecuários do Ministério da Agricultura no Paraná (Affama-PR), Hugo Caruso. Existem 210 fiscais ativos no Estado.
Em função da greve, foram suspensos todos os serviços de certificação de cargas de origem animal e vegetal para importação e exportação no Porto de Paranaguá e na estação aduaneira de Foz do Iguaçu. De acordo com a Affama-PR, um navio que carregava frangos da Sadia teve que interromper o embarque. A entidade alerta que, se o impasse permanecer, os embarques e desembarques de grãos, carnes e pescados também serão afetados. Além disso, a AFFAMA-PR salienta que a falta de controle na entrada de produtos deixa o País vulnerável à entrada de pragas e doenças.
Em Paranaguá, a greve ajudou a aumentar a fila de caminhões que esperam para descarregar grãos no porto. Com o mau tempo no final de semana, os embarques estavam suspensos e o pátio de triagem, lotado, com 1,2 mil caminhões. Ontem à tarde, segundo a Polícia Rodoviária Federal, a fila na BR-277 atingiu o quilômetro 37, totalizando aproximadamente 1,5 mil caminhões. No final da tarde, a fila começou a diminuir. Por volta das 18h, estava no quilômetro 30.
